Ciclo de Formações para o Movimento de Luta Comunitária (MLC)
Eixo: Formação e Pesquisa
Núcleo de trabalho: Direito à Moradia
[Ficha Técnica]
Ano de Realização: 2020
Local: Fortaleza/CE
Equipe:
Amanda Rodrigues
Quintau ColetivoDébora Costa Sales
Quintau ColetivoLara Macêdo
Quintau ColetivoNatália Brito
Quintau ColetivoThais Bezerra
Quintau ColetivoVinicius Saraiva
Quintau Coletivo
No segundo semestre de 2020, pouco depois de sua criação, o quintau recebeu o convite do Movimento de Luta Comunitária (MLC) para contribuir na formação política de seus integrantes nas temáticas do direito à moradia e do direito à cidade. A demanda, apresentada por Kelvin, liderança do MLC, tinha um horizonte claro: criar um processo contínuo de conscientização e politização de novos membros do movimento, algo que se estendesse para além de ações pontuais. Como ele resumiu, o objetivo era “fazer o povo entender porque o povo não tem casa”, criando espaços de debate e reflexão teórica para fortalecer a luta por moradia digna.
O planejamento inicial previa quatro encontros, com possibilidade de expansão, abordando desde o processo histórico de urbanização, com a Lei de Terras e a industrialização, até temas mais específicos da realidade de Fortaleza, como a formação das favelas, os vazios urbanos e os instrumentos do Plano Diretor. Também se pensou em incluir um módulo sobre mutirões habitacionais, inspirando-se em experiências populares bem-sucedidas de outros estados, onde comunidades construíram suas próprias moradias com apoio estatal, rompendo com a lógica da moradia como mercadoria. Meio a pandemia, no entanto, o projeto acabou se limitando a dois momentos que misturaram aula e roda de conversa.
Assim, as formações foram realizadas nos dias 19 de setembro e 24 de outubro de 2020, com o primeiro encontro abordando “A urbanização das cidades e a disputa por terra”, em que o grupo discutiu a formação das cidades, o papel da propriedade no Brasil e o impacto da especulação imobiliária, com um recorte sobre Fortaleza. O segundo encontro tratou da “História da formação de Fortaleza” abordando a expansão urbana, a criação das favelas e a atuação dos movimentos sociais nas conquistas garantidas pela Constituição Federal de 1988.
A parceria com o MLC marcou o início da atuação do quintau em processos de educação popular voltados para fortalecer lutas territoriais, articulando memória, teoria crítica e prática política no enfrentamento às desigualdades urbanas.





