Acompanhamento do território do Serviluz
Eixo: Assessoria Técnica Popular
Núcleo de trabalho: Direito à memória | Justiça Socioespacial
[Ficha Técnica]
Ano de Realização: 2022 - presente
Local: Fortaleza/CE
Equipe:
Fulano de Tal
Quintau ColetivoSiclana de Tal
Quintau ColetivoFulano de Tal
Quintau ColetivoSiclana de Tal
Quintau ColetivoFulano de Tal
Quintau ColetivoSiclana de Tal
Quintau ColetivoFulano de Tal
Quintau Coletivo
Localizado na orla leste de Fortaleza, no Grande Mucuripe, o território do Serviluz sofre, historicamente, com a pressão de agentes institucionais e privados que priorizam o lucro na produção da cidade. Essa pressão é intensificada por grandes projetos urbanos que incidem diretamente sobre as Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) Cais do Porto e Serviluz, áreas marcadas por uma forte identidade cultural e uma longa trajetória de organização comunitária. Nesse contexto, a comunidade do Titanzinho resiste às ameaças de remoção e à descaracterização do seu modo de vida, preservando práticas, memórias e vínculos que sustentam sua permanência no território
A atuação do Quintau enquanto assessoria técnica popular no território começou em 2022, no âmbito do projeto “Oficinas de Assessoria Técnica Norte e Nordeste”, ligado à Rede Moradia–Assessoria, e colaborou na finalização do Plano Popular da ZEIS Cais do Porto. As ações são construídas com organizações locais, como a Associação de Moradores do Titanzinho, a Comissão Titan e coletivos culturais do bairro, além de parcerias pontuais com universidades, como o LEHAB e o LAMUR, e com organizações da sociedade civil, como o Instituto Três Mares. Sem financiamento fixo, o trabalho é autogestionado e estruturado por redes de apoio e colaboração mútua.
O principal objetivo é fortalecer a mobilização e a incidência política da comunidade, articulando memória, planejamento territorial popular e direito à cidade como estratégias de resistência. Para isso, os trabalhos combinam o levantamento de memórias locais, análise técnica de políticas públicas e projetos urbanos, produção de materiais de comunicação e apoio à organização de eventos comunitários. Como resultados, destacam-se a ampliação da visibilidade das demandas do território, a construção coletiva de propostas para a gestão compartilhada de equipamentos culturais, como o Farol do Mucuripe, e o uso da memória e do Plano Popular como ferramentas políticas contra o apagamento e os processos de remoção.





